Criança multitarefa

A terceira edição da pesquisa Kids Experts, realizada pelo Cartoon Network, comprova que é cada vez mais comum o uso simultâneo de canais de comunicação, informação e entretenimento por meninos e meninas na faixa dos sete aos 15 anos.

De acordo com o estudo, que envolveu a consulta a cerca de 7 mil usuários do site do Cartoon Network e diferentes metodologias, 73% dos pesquisados têm o hábito de combinar a utilização de diversos aparelhos, como a TV e o computador.

E apesar da televisão ainda chamar mais a atenção da garotada no uso isolado, (48,1%, sem combinação com nenhuma outra ‘tarefa’), o computador é o predileto absoluto em conjunto com outros canais, presente em 57,5% das combinações com outros meios.

O estudo mostra ainda que os hábitos de meninos e meninas no mundo digital são bem diferentes: as pequenas tendem mais para atividades que envolvem comunicação e interação, como as aplicações de mídia social, enquanto os garotos buscam mais o entretenimento.

• Cerca de 70% das garotas usam programas de mensagens instantânea.
• 22% passam de uma a duas horas se comunicando por esse canal.
• 46% usam o MSN todos os dias
• 23% das meninas disseram ter blog, fotolog ou videolog, contra apenas 17% dos meninos.

Outro dado interessante é o contato cada vez mais cedo com o mundo digital e as redes sociais: 77% das crianças acessaram um site de comunidade online pela primera vez quando tinham entre cinco e oito anos de idade.

E aqui vale lembrar outra pesquisa, a do Ibope/NetRatings, que apontou um crescimento de 27% na representatividade dos internautas mirins no último ano. Hoje as crianças de 6 a 11 anos de idade já chegam a 2,2 milhões de usuários ativos, ou 9,3% da internet residencial. Veja o que eles acessam:

• Buscadores (79%)
• Mensagens instantâneas (67%)
• Orkut (57%)
• Sites de jogos (30%)

Publicidade

Internet em casa: recorde de usuários e em tempo de navegação

O acesso à internet residencial no Brasil chegou à marca de 23,7 milhões de usuários ativos em julho, segundo pesquisa do Ibope/NetRatings. O número é o maior já registrado desde que o estudo começou a ser feito, em 2000 e representa um aumento de 28% na quantidade de brasileiros que acessam a rede a partir de suas casas, na comparação com julho de 2007.

E além de mais numerosos, os brasileiros também estão passando cada vez mais tempo online. A mesma pesquisa aponta também que os brasileiros passaram, em média,  24 horas e 54 minutos conectados, no último mês – um recorde em relação aos outros países pesquisados.

Outro dado interessante e diretamente ligado às mídias sociais: hoje a faixa etária de 12 a 17 anos é a mais representativa da internet residencial, com um crescimento de 35% no último ano. Atualmente, os jovens usuários da rede em casa somam 4,4 milhões (o que representa 18,7% do acesso residencial). E o que eles acessam?

• redes sociais, como o Orkut
• games
• sites de compartilhamento de fotos e de vídeos, como o Youtube
• blogs
• buscadores

Não necessariamente nessa ordem, esses são alguns dos destinos preferidos dos cliques da garotada. Vale lembrar ainda que um outro estudo do mesmo lBOPE//Net Ratings, aponta que 78,4% dos usuários residenciais no Brasil (e agora não estamos falando apenas dos jovens) participam de sites de comunidades.

Amazon compra rede social Shelfari

Mais um exemplo da importância que as redes sociais vêm ganhando no mundo dos negócios foi dado pela Amazon. A gigante do e-commerce anunciou nesta semana a compra da Shelfari – uma rede social dedicada aos aficionados por literatura, criada em 2006 e da qual a própria Amazon já tinha uma parte.

O valor do negócio não foi revelado e as empresas também mantém segredo sobre o futuro da rede social e como será explorada pela Amazon. A aquisição, porém, confirma a aposta da empresa na estratégia de expansão para outros nichos de mercado online além do e-commerce.

Internet ultrapassa TV por assinatura em verba publicitária no Brasil

Apesar de ser a mídia que mais cresce atualmente, a internet ainda morde apenas uma pequena fatia do bolo publicitário no Brasil. Mas isso está mudando. E rápido.

A verba publicitária destinada à internet cresceu 45% no primeiro semestre de 2008 com um montante de 321 milhões de reais, de acordo com estudo do Projeto Inter-Meios.

Com isso, o meio online conquistou 3,36% do investimento publicitário no país, ultrapassando pela primeira vez a TV por assinatura, que ficou com 3,26% (e cresceu 25,5%).

De acordo com os dados, a internet teve a maior taxa de crescimento entre as mídias analisadas, seguida – de longe – pelo rádio, que teve uma expansão de 27%.

A TV aberta, que ainda come mais da metade do bolo sozinha (58,53%, para ser exato) cresceu 14,8%. Não é a toa que certos líderes da telinha já admitem estar preocupados.

Presença latina

Estudo recente da Forrester Social Technographics – uma das pesquisas da Forrester Research, que analisa o impacto das tecnologias e da internet em mercados consumidores – aponta que os latinos são fortemente ativos nas mídias sociais e diferem de modo consistente dos não-latinos em muitos aspectos de relacionamento na rede.

Segundo o informe de divulgação da pesquisa, que você pode ler aqui (em inglês), isto se deve ao fato das mídias sociais apelarem para três importantes aspectos da cultura latina: língua, comunidade e entretenimento. O estudo, focado no público latino residente nos EUA, aponta ainda que, com isso, a grande questão para os departamentos de marketing não é mais a adoção de estratégias de mídias sociais nas campanhas, mas sim em que canais e tecnologias concentrar esforços. Infelizmente a Forrester não divulga gratuitamente dados mais substanciais da pesquisa, feita regularmente.

Mas um bom exemplo da força do componente étnico nas mídias sociais, e em especial dos latinos, é a estratégia de marketing utilizada pelo senador candidato à presidência dos EUA, Barack Obama. O democrata, que tem tem perfil no Orkut e Myspace, entre outras redes sociais, utiliza o Migente, uma rede social dedicada ao público latino para se comunicar com este nicho do eleitorado. Bem como o Asianave, para falar com os americanos de ascendência asiática e o BlackPlanet, com os afro-americanos.